CONSULENTES MAIORES QUE NÃO ACEITAM DEMORAS NA SUA RECUPERAÇÃO (Na observação iridológica)

p. Daniel h Della Valle Cauci

Minha expectativa, através destes artigos, é levar a reflexão sobre alguns assuntos dentro da minha área de trabalho.  E a maior parte das vezes, a escolha do tema, se relaciona com o que sucede nas minhas consultas. 

Às vezes é uma inquietude, uma pergunta, uma dor, expressa na queixa de um consulente, outras, algo que me impacta o surge evidente das observações iridológicas.

Uma questão que tem aparecido de forma quase constante nas consultas de pessoas maiores de 55, 60 anos ou mais, é a incompreensão destes clientes, perante o surgimento de problemas de saúde que aparentemente não possuem explicação, que nunca tinham sofrido antes, e, que ao tratá-las, apresentam uma enormes resistências a qualquer uma das tentativas de tratamento, inclusive os medicamentosos.

Na verdade, ninguém merece ter problemas de saúde. E quando estes aparecem, pelas mais variadas causas e consequências, a lógica nos diz que, um tratamento, uma mudança de hábitos, vitaminas, uma terapia medicamentosa ou natural, deveriam ser relativamente efetivas para trazermos a saúde através de uma recuperação ou até de uma cura.

Veja… Nenhum remédio é ofertado com a explicação de que... “este remédio pode ser que não lhe ajude no seu processo de recuperação ou cura. Se é o seu caso, aprenda a rezar”.

 E apesar de que isto está sobre entendido, a nossa mente opta por omitir estas informações.

Nossa mente faz uma espécie de ligação direta, e nos convence de que se ficamos doentes, é só ir ao médico que a gente fica bom. Só que este processo não é independente da forma em que vivemos a vida. Este processo nem é independente da nossa herança genética, nem das nossas ligações sistêmicas com os nossos sistemas de pertencimento.

O fato de ficar doentes ou de iniciar um processo metabólico disfuncional está pautado por uma boa quantidade de fatos que chegam a nós desde a concepção, desde a união do espermatozoide com o óvulo. Estes se demarcam durante a gestação, e, desde o mesmo momento em que nossos olhos vem a luz por primeira vez, se reordenam e configuram, cristalizando a nossa personalidade e definindo a nossa forma de agir perante a realidade e o meio. 

Temos mencionado algumas vezes, dentro das nas nossa reflexões, que tanto a saúde como a doença, são uma construção.

Si. Uma construção que se enquadra dentro de certos campos morfogenéticos, e parte de uma certa bagagem, composta de arquivos genéticos, epigenéticos e sistêmicos, mas que se modela, e até se modifica, a partir da nossa relação com o meio, as nossas escolhas e as nossas renúncias.

Quando uma pessoa, e mais explicitamente uma pessoa maior, fica doente ou sofre de dores, ou até de estados emocionais disfuncionais, estaremos perante uma construção, e o principal construtor será esta mesma pessoa. Mas, isto nem sempre será consciente, porque a cada passo da vida, a cada experiencia, a cada escolha ou tomada de decisão, em geral, as pessoas acabaram por fazer o que achavam que tinham que fazer. Fizeram as escolhas mais ou menos certos de estar fazendo a coisa certa. Só que nem essa inconsciência nem a certeza de ser inocentes os exime do papel de construtores da sua saúde ou da sua doença. 




Pense por exemplo, em você..., na sua história, observe os pontos de inflexão na gráfica da sua vida e poderá ver como foram suas escolhas, suas eleições na hora “H”, o que pensou que era obvio e não foi, aquilo que deixou passar ou aquela oportunidade que escapou das suas mãos...   

Toda ação, tem reação. Ao semear, temos a obrigação da colheita. E perante a enorme dinâmica da vida e suas interações, onde a CAUSALIDADE É CIRCULAR, toda causa tem seus efeitos dentro de uma multiplicidade de possibilidades, as vezes muito difíceis de rastrear.

Só uma pausa para fazer uma pequena aclaração. Estas afirmações parecem ser uma acusação. Parece que dizemos que a culpa de estar doentes é das pessoas, ou que significaria que,   indiretamente, elas merecem estar doentes pois elas ser responsáveis por construir seus percalços, e que por tanto, tudo seria frutos das suas escolhas erradas.

Me permito então lembrar que dentro da filosofia sistêmica NÃO EXISTE CERTO OU ERRADO. Existe o que há, ...o que é. Existe um entrave ou emaranhamento a ser solucionado, quando isso é possível. É não há certo nem errado, porque quem julga ou critica jamais possui o conhecimento nem a capacidade, nem o direito, a não ser desde um ponto de vista teórico moral, que em geral serve para acusar de forma simplificada e simplória, seguindo padrões arcaicos, sem que o acusador tenha ciência certa (nem aproximada) do conjunto dos fatos que levaram a um determinado acontecimento. 

A verdade é que o fato de não existir certo nem errado, merece uma reflexão aparte, que sem dúvidas faremos juntos em próximos vídeos.

Não é a nossa intensão ir tão fundo nesta reflexão, e sim observar a necessidade de que as pessoas compreendam, que existe um campo de probabilidades infinito, desde o ponto de vista quântico e sistêmico, para achar “soluções” através da compreensão, da ressignificação, do assentimento e da transformação, e, ao mesmo tempo, uma realidade limitada desde o ponto de vista físico, para os quadros físicos e metabólicos, que nem sempre podem ser revertidos. 

Vejamos isto, desde o ponto de vista iridológico.

Uma imagem contendo pequeno, banana, mesa, tigela

Descrição gerada automaticamente

Uma imagem contendo no interior, pequeno, tigela, olhando

Descrição gerada automaticamente

A primeira íris pertence a uma mulher jovem. A segunda íris pertence a uma mulher de 60 anos. As duas consulentes tiveram experiências emocionais intensas durante suas vidas, e tiveram a possibilidade de se cuidar, se informar e aprimorar suas escolhas. Uma alimentação relativamente equilibrada e uma forte e clara percepção da sua realidade.

Para o bom iridólogo, estas íris representam claramente duas situações, observando-as na perspectiva da efetividade de um processo de cura. E, nestes dois exemplos, também podemos apreciar aquelas duas medidas que mencionamos antes: o campo de probabilidades e as limitações da realidade física.

Não estamos falando aqui de desistir de tratamentos que visem a cura total ou parcial dos problemas de saúde que o consulente nos trouce. Não existe uma condição que defina se devemos ou não tratar terapeuticamente aos nossos consulentes maiores. O que dizemos é que existem dois processos paralelos que acontecem na vida dos nossos consulentes: Um, de cura física real, sintomática, onde se espera a eliminação dos desequilíbrios e patologias que a pessoa sofre, e outro, que é de aprendizado e de soluções sistêmicas, existencialmente fundamentais, e, porque não, muito importantes inclusive para facilitar os processos de cura física e disfuncionais. Estes dois processos vão juntos e ambos devem ser conduzidos, mas, evidentemente o campo das probabilidades e uma saúde com menos limitações físicas, terá maiores probabilidades de cura. 

NO PRIMEIRO CASO, os sinais iridológicos apontam a disfunções ativas, gastrintestinais, hepáticas, de acidificação, com suas consequências inflamatórias.

Tratamentos bem planificados e melhor realizados, garantirão a reversão destes desequilíbrios, freando o desgaste e favorecendo a memória de saúde para recuperar por se mesma o equilíbrio homeostático. De ser um processo de tratamento real, de transformação, efetivo dentro da forma em que a consulente experimenta a vida, terá ótimas possibilidades para reerguer uma boa saúde.

NO SEGUNDO CASO, o que observamos, não são só disfunções ativas. Elas existem, mas também, existem disfunções crônicas e as consequências toxicas destas disfunções. O organismo está inundado de toxinas por disfunções ou doenças hepáticas, renais e digestivas. Neste caso, qualquer tentativa de tratamento deve passar pela desintoxicação, que passa pela modificação ou aquisição de novos hábitos, e de tratamentos, que podem levar muitos meses de esforço e dedicação. 

A prática nos diz que a desintoxicação total não é possível e que os esforços terapêuticos, podem conduzir a melhoras significativas, no entanto, as condições físico-orgânicas da segunda consulente, assim como as suas resistências a mudar o que é, seus hábitos e a forma em que satisfaz suas necessidades, dificultarão a efetividade do processo. Fora claro, de que o próprio processo de envelhecimento, a chamada senescência, independentemente de doenças e disfunções, também agirão na redução da efetividade metabólica.

A nossa reflexão nos leva a perceber a necessidade de analisar e de observar, de forma mais profunda e dedicada, a cada consulente, em relação a seu papel de construtor da sua saúde/doença. A promessa de curar as circunstancias de saúde de quem consulta, sempre será uma mentira nos ombros do médico ou terapeuta, apesar de ser um bom “gancho” para “capturar” clientes e recursos.

Porém, perante as melhores intensões de médicos ou de terapeutas, a capacidade de enxergar a verdadeira eficiência dos processos de cura no consulente, dependerão da honestidade e da humildade de médicos, terapeutas e consulentes, na hora de observar os processos de cura possíveis, antes mencionados.

As pessoas não aceitam certas limitações de saúde apesar da idade, nem as dificuldades que possam ter para sua recuperação, por uma questão de DISSONÂNCIA COGNITIVA, e, na medida em que aceitam como verdadeiro aquilo que se ajusta mais a seus desejos e necessidades, que aquilo que explica cabalmente a realidade que o circunda, ignorando tudo o que determina sua condição atual, o foco do realmente importante se perde, e com ele, a possibilidade de recuperação ou de cura.

Nem sempre querer é poder.

A expectativa e desejo de não envelhecer e de acreditar que os remédios resolvem nossos problemas de saúde, sem esforço ou compromisso, muitas vezes são fortes de mais, e enublam o lógico e o obvio.

Mas, tampar o sol com o polegar jamais foi uma solução, e vale o esforço trazer estes temas a mesa do consultório. Nossa saúde e as nossas doenças são uma construção na qual estamos trabalhando o tempo todo. Continuar com consciência a obra de nós mesmos, e uma forma de nos manter no comando da vida, com mais saúde, por mais tempo, até que o próprio tempo nos submerja no insondável.

Vivamos com consciência nas ondas da vida. A vida… essa que pula de geração em geração.


Um forte abraço a todos

muita luz

até

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