A IMPORTÂNCIA DO MEIO NA AVALIAÇÃO IRIDOLÓGICA

 p. Daniel H. Della Calle Cauci


Há muitos iridólogos e terapeutas seguindo os nossos meios sociais e isso nos orgulha e enche de satisfação.

E, como não poderia ser de outra forma, nos compromete mais ainda com a responsabilidade de oferecer um material de qualidade... e de profundidade.

Hoje vamos a conversar um pouquinho sobre a influência que tem o meio ambiente, no diagnóstico ou avaliação que realizamos através da leitura iridológica, razão pela qual denominamos o nosso mergulho na ciência da iridologia, como IRIDOLOGIA DE CONTEXTO.

Nosso tema central aqui é a Iridologia. Agora… se tratando de uma avaliação ou não, está claro que a saúde está diretamente ligada ao meio ambiente!

Avaliar a saúde e não ter em conta a influência do meio ambiente seria uma falha muito grosseira.

O primeiro a observar é que o meio ambiente desempenha um papel essencial na saúde e no bem-estar das pessoas. Nossa morada física, o ar que respiramos, a água que bebemos e os ecossistemas em que vivemos, têm um impacto direto na nossa saúde. Essa consciência ecológica cresce a cada ano, e o que poderíamos observar como uma falha importante, é que ao olhar para os ambientes físicos, nos esquecemos de uma boa parte do “eco sistema” indispensável para sobreviver em equilíbrio, que já não é SÓ sobreviver.

Quando pensamos em ecossistema, pensamos em um conjunto determinado pela interação dentre componentes bióticos e abióticos, ou seja, organismos vivos e elementos físicos ou químicos. Mas, o homem faz parte do ecossistema, assim como e sua interação com as outras formas vivas e os outros elementos. O homem influencia e transforma o meio onde habita, à vezes, de forma positiva... outras não, e para fazê-lo, o faz a partir do seu próprio juízo e sistema de valores. Pelo tanto, os fatores humanos dessa interação, também fazem parte do estudo da funcionalidade de qualquer ecossistema.

A participação do homem nesta realidade não procur somente a manutenção da vida individual, mas também a consideração pelos outros seres humanos, tendo em conta dentre outras coisas o desenvolvimento, a felicidade e o bem-estar. Se bem sobreviver é indispensável para alcançar qualquer objetivo, quando falamos de saúde, não nos referimos somente a “sobreviver”; um sobreviver que as vezes é tão sofrido que ninguém merece.

Quando falamos de saúde procuramos a vida plena, a saúde em equilíbrio, a felicidade e, como já dizemos, também o bem-estar.

Em definitivas, o meio ambiente é determinante de forma muito mais complexa do que podemos apreciar para a nossa saúde... A influencia, a fortalece ou a limita, inclusive, chegando a esgotá-la

Por outro lado, para qualquer um de nós, ter saúde será estar em equilíbrio com a vida física, a emocional, a racional, a energética, a espiritual... além de todas aquelas formas existenciais que queiramos e possamos definir

Observar um sinal irídico e compreender o que ele significa, é algo relativamente fácil para o iridólogo. Mas, os eventos que pautam a vida do consulente qualificam e redefinem as causas dos seus desequilíbrios, ajudando e muito a determinar dentro do diagnóstico, sua razão; a direção do processo, parte da sua história, sua intensidade e a resistência que o indivíduo exerce.

Dependendo da escola, da experiência e dos métodos que o iridólogo utiliza, as íris dão pistas certas e eficientes para compreender as pautas mais importantes na história do consulente, fora do recolhido na anamnese e dos dados subjetivos que se desprendem do gestual, do não dito, das meias palavras e dos sinais emocionais do seu relato.

Na realidade, a relação com o meio e o contexto em que os desequilíbrios acontecem, ajudam a determinar a área de trabalho do terapeuta e muito da sua atitude, que deverá focar sua atenção no que poderíamos chamar de processo de construção de vida desse consulente.

O diagnóstico ou avaliação iridológica tem que analisar a saúde objetiva do consulente, mas, sem deixar de ver e compreender também outras questões, como as suas próprias necessidades, a forma particularíssima com a que interage, sofrendo ou se adequando às dificuldades ou facilidades que o meio ambiente lhe oferece, assim como a saúde sistêmica dos relacionamentos que estabelece com todos os membros das redes às quais pertence.

Continuando com o nosso ponto de vista, a informação iridológica OBJETIVA é o que possibilitará uma boa avaliação e desta dependerá o êxito terapêutico que possamos atingir.

Um dos mais ilustres ancestres da nossa categoria, o Pastor Emanuel Felke, se referia a isso quando falava que “as íris ditam as receitas”            (ergo...não os iridólogos)..

Sim… ele dizia que quando surgem dúvidas na hora de propor o tratamento devíamos observar objetivamente os sinais iridianos (deixando de lado as nossas dúvidas) e tratar o que as íris indicam objetivamente como doenças ou disfunções. Isto, pois as nossas dúvidas não fazem parte dos problemas de saúde do consulente; problemas que devemos primeiro compreender, para depois ajudar a transformar.

A objetividade, na observação iridológica, obviamente, é indispensável.

Isso fica expresso quando falamos de “leitura iridológica” do nosso título de reflexão: “A influência que tem o meio ambiente, no diagnóstico ou avaliação que realizamos através da leitura iridológica.

Preferimos não falar de “interpretação de sinais iridológicos”, pois as informações que recebemos das íris devem, ou deveriam ser o mais objetivas possíveis, no sentido de não passar por nenhum crivo pessoal de interpretação. Quanto menos interpretação melhor, pois ao interpretar, a informação que recebemos das íris, se elabora junto a nosso conhecimento e a nossa experiência, com a conseguinte perda de objetividade.

 

E aqui, parecerá contraditório dizer que assumimos a tarefa de avaliar e ao mesmo tempo, nos despimos dos conhecimentos e das experiências. Mas não é isso o que estamos dizendo. Tanto o conhecimento como a experiência, a capacitação na hora de agir numa consulta iridológica, é insubstituível. Porém, possuem seu momento e seu lugar dentro da nossa profissão, e não é no raport ou na anamnese, e muito menos na IRIDOSCOPIA (ação de observar os sinais das íris).

Raport, anamnese e iridoscopia são instancias onde recolhemos os dados objetivos. Depois, na hora de sintetizar dados objetivos e subjetivos, na projeção de ações terapêuticas, faremos uso do conhecimento e da experiência, livres de preconceitos ou de julgamentos de valores desnecessários, para assim termos uma percepção ampla da situação do consulente, muito mais accessível e evidente, pudendo enxergar com maior eficiência os caminhos da doença ou dos desequilíbrios.

Finalmente, existem duas instancias onde percebemos a influência do meio ambiente na saúde do consulente. Uma é totalmente consciente, e começa na anamnese e se continua no “papo” amigável que acompanha a consulta. Sabemos onde mora, qual é seu trabalho, como se compõe a sua família, as vezes perdas importantes, inclusive de familiares, como é aparentemente sua alimentação, seus recursos etc... Muitas destas informações se corroboram nos sinais iridicos.

Mas existe um outro momento na comunicação com o indivíduo que nos procura, em que podemos observar a relação que tem com a SUA realidade. Não a realidade objetiva e sim a que ele percebe como sua realidade. O verdadeiro lugar que ocupam indivíduos da sua família por exemplo, dentro da sua estruturação psíquica, sentir que nada é satisfatório a pesar de tê-lo “todo”, a própria sensação de vazio, a identificação ou a despersonalização que muitas vezes conduz com muita mais força que o evidente, da mesma forma que muitas situações que desfaçam a realidade e a percepção da mesma, levam a uma interação falha com o meio, enfraquecendo-o, diminuindo sua vitalidade num movimento de “sair-se do seu lugar”, limitando sua eficiência na concussão dos seus objetivos essenciais de vida e gerando instâncias de estresse que são verdadeiros portais para a perda de saúde.

Todas estas situações podem até ser inconscientes para o indivíduo, podem ser conscientes, mas evitadas... ou podem ser segredos muito bem guardados. De todas as formas, estes elementos em forma de memorias, marcas de inter-relacionamentos traumatizantes, privações ou sentimentos de abandono, situações estressantes de qualquer tipo, que levam às pessoas a tomar decisões absurdas e/ou a fazer escolhas que vão a contramão dos seus verdadeiros e sinceros interesses essenciais, inibem ou deformam a percepção da sua realidade e estilhaçam as vias de intercâmbio com o meio ambiente.

Para concluir, existe uma forma direta, objetiva, facilmente reconhecível de como é que o meio influencia física e até psicossocialmente. Mas também existe uma forma de incidência oculta, pois a interação humana com o meio, com o que o rodeia, não é linear e sim tridimensional e sujeita a uma causalidade circular.

Também temos sinais iridológica desta incidência oculta.

Na avaliação iridológica podemos compreender a primeira forma de incidência do meio ambiente no indivíduo com muita facilidade, em tanto que para ver a incidência oculta, além do arcabouço de conhecimentos, da percepção e até da intuição própria de uma atitude fenomenológica na hora de colher os dados objetivos (jamais de outra forma), necessitamos perder de vista o individuo para observá-lo no seu contexto, percebendo as dinâmicas relacionais e as forças invisíveis que o pujam do seu lugar-de-força nesta vida.

 

Um forte abraço a todos

Muita luz!

Até

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