ÍNDICES DE VITALIDADE NA IRIDOLOGIA: A textura iridiana


p. Daniel Héctor Della Valle Cauci

Assim como em todas as profissões, na iridologia existe uma base teórica que se aprende aos poucos, de forma organizada, até chegar à leitura certa dos sinais irídicos em termos avaliativos.

Na medida em que se gera experiência, a compreensão dos sinais nas íris passa a ser cada vez mais fácil, mais evidente e mais rápida. Isso é normal.  Dentro de uma sistematização dos conhecimentos básicos na iridologia, o Iridólogo Francês Andrê Roux, no seu livro “Introdução à Iridologia” de 1986, já ensinava a forma determinante em que o nosso organismos se relaciona com o meio ambiente, através de uma constante troca de energias, que em termos de saúde, deverá ser sempre equilibrada.

Um organismo complexo como o nosso, para ter saúde, necessita estar em equilíbrio em relação a essa troca energética, recebendo-a, produzindo-a e estocando-a de diversas formas. 

Sobre isto, Roux nos diz:

“A capacidade de recuperar e de deixar energias em reserva depende da nossa herança fundamental e da nossa disposição metabólica.

Graças ao exame da íris, se pode realizar um “autêntico balanço energético” e determinar a importância das nossas reservas.” 

Andrê Roux, falava de 2 grandes índices de vitalidade:

O primeiro, tinha em conta e avaliava a qualidade da reserva mineral herdada, assim como as perdas destas reservas na vida do consulente. Se trata do estudo da qualidade da textura do tecido Iridiano, também conhecido como estroma.

O segundo índice de vitalidade, imprescindível para conhecermos a funcionalidade metabólica e a capacidade funcional executora do sistema nervoso assim como suas reservas e carências; é a imagem iridológica da dinâmica do sistema nervoso vegetativo, especificamente na interação simpática e parassimpática.

Desde 1986 até os dias de hoje, a iridologia mudou e muito. Hoje é considerada uma ciência e se ensina em muitas universidades de medicina pelo mundo afora. No entanto, estes índices de vitalidade, continuam sendo uma forma fácil, rápida e certa de abordar a saúde do consulente, para termos um contexto geral na interpretação dos sinais iridológicos.

Os índices de vitalidade são:

  • Trama ou textura do tecido das íris

  • Balanço neurovegetativo:

  • Linha de expressão como visualização do sistema simpático, sua cor, sua continuidade, sua forma e seu entorno metabólico.

  • A pupila, como forma de compreender o estado funcional do sistema nervoso vegetativo parassimpático, sua forma, sua mobilidade, seu tamanho e a qualidade do círculo 1, hoje mais conhecido  como O.P.I. (orla pupilar interna) e

  • a estrutura chamada ângulo de Fuchs, como forma de compreender a interação do sistema nervoso vegetativo e sua incidência nas reações funcionais orgânicas, o que determinará a forma em que responderemos aos desafios do dia a dia.

Fazendo uma leitura correta destes índices de vitalidade dá para compreender rapidamente  o estado funcional geral do consulente, pois na avaliação do sistema nervoso vegetativo  e do ângulo de Fuchs se tem uma ideia da efetividade funcional; segundo a qualidade do círculo 1 ou OPI, temos uma ideia do seu capital, em termos energéticos e através da trama ou textura irídica, temos uma ideia cabal do momento nutricional e estrutural do indivíduo.

Depois de conhecer este contexto geral do consulente se realizará uma observação detalhada em relação aos aspectos orgânicos ou emocionais, segundo se prefira, ou a observação de contexto, tal qual o fazemos nas nossas consultas.

Hoje queria falar rapidamente de um destes índices de vitalidade que talvez seja um dos sinais iridológicos mais fáceis de observar: A Trama ou Textura Iridiana.

Com uma boa visão e uma boa iluminação, nem é necessário qualquer instrumento de aumento para verificar este sinal, já que se trata da observação da macro anatomia da íris. 

É muito fácil.

Na observação iridológica partimos de uma premissa que é a seguinte;

Uma pessoa saudável de olhos azuis, terá uma íris de cor uniforme, de trama fina e radial, de cor única e sem alterações de relevo, ou seja, sem furos de nenhum tipo, sem riscos, sem depressões, sem nenhum tipo alteração. Da mesma forma, sabemos que uma pessoa saudável de íris castanha, terá uma cor uniforme, sem manchas nem impregnações diferentes, sem alterações de relevo como furos, riscos radiais ou circulares, áreas desgastadas ou afundadas.

Pelo tanto, a observação de qualquer alteração ou perda destas estruturas limpas e ordenadas, significará perda de saúde ou de vitalidade. Mais limpeza e ordem, mais saúde.

Na iridologia em geral se faz uma escala, geralmente de 5 estágios de vitalidade ou de perda de vitalidade.

desenho extraído do Livro "INTRODUCTION A L'IRIDOLOGIE" de Andre Roux

Como vemos no desenho, há 5 texturas que vão desde a mais fina e uniforme, até a mais perfurada e congestionada, e, na medida em que a trama se vá deteriorando ou que a textura vai ficando mais aberta e cheia de alterações, interpretaremos que o indivíduo está perdendo saúde mineral e estrutural. 

Isto possui vários significados diagnósticos para o iridólogo. Como índice de vitalidade, serve para ter uma noção rápida do estado de saúde do consulente, porém, traz também outras informações, na medida em que a observação seja um pouco mais detalhada. 

A separação de fibras, a intensidade das impregnações e alterações de cor, a acidificação ou a cronificação que se possa observar no meio de todos esses sinais, o tamanho e a forma das chamadas “lagoas” e “criptas”, a definição das formas ou até o enevoamento das mesmas por presença da acidez, do lipidismo ou do alto grau de congestão de todas essas toxinas... todos estes sinais, adjetivam a condição geral do consulente, dando noções claras das disfunções dominantes e orientando a nossa pesquisa profunda.

Vejamos na prática como é que se visualizam as diferentes tramas iridianas


TRAMA FINA (1)

Trata- se de uma trama fina, uniforme, sem alterações de cor nem de relevo. Muito difícil de achar nestes dias. Além de necessitar de uma herança genética excelente, esta pessoa deverá ter mantido excelentes hábitos de vida e uma excelente mineralização.

TRAMA NORMAL (2) 

Esta trama continua sendo uma trama boa, fechada e ordenada, só que apresenta algumas áreas de relaxamento ou debilidade. Ainda conserva uma boa saúde mas, podem surgir algumas dificuldades leves.

TRAMA SOLTA (3)

Verificamos um claro relaxamento da estrutura das íris. Não se observam sinais de lesão ou de estados patológicos de gravidade, mas, se percebe que há perda de reservas e abuso da sua estrutura, tendo perdido de forma objetiva parte da sua vitalidade

TRAMA VACUOLAR (4)

Aparecem nesta trama, formações que denominamos lagoas e criptas, abertas e fechadas, e de uma forma mais abundante. Estas formações são sinais indiscutíveis da perda de vitalidade e de resistência orgânica. Já de pôr se, esta pessoa recebeu uma herança pobre, além de ter faltado cuidados para preservar sua já complicada situação de saúde. Em caso de doenças, a recuperação será muito mais trabalhosa.

TRAMA LACUNAR (5)

Neste caso, além de haver uma distensão geral da estrutura da trama da íris, sinais como o ângulo de Fuchs, a linha simpática e o círculo 1 se veem totalmente degradados. Isto significa que a desvitalização aqui é de pôr se um obstáculo para qualquer processo de cura. Sua herança genética não só é fraca, é na realidade comprometedora, ao que se somam seus próprios problemas de saúde.

Obrigado pela leitura!…


Um forte abraço a todos

Muita luz


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