p. Daniel Héctor Della Cauci
O nosso atendimento em consultório, se efetua dentro do que o governo deu em chamar práticas complementares e integrativas, mas, Eu prefiro me apresentar como Naturoterapeuta e Iridólogo.
A Naturoterapia já é intrinsecamente integrativa y nos, através destes conhecimentos, fazemos uma abordagem que desde faz muitos anos se denomina “holística”. Isto é, o nosso olhar se direciona ao todo que é cada indivíduo, tendo em conta que a sua saúde, como parte da sua existência e da sua circunstância, só pode ser compreendida se temos em conta à pessoa na sua totalidade, seja tanto em si mesma como em relação ao meio em que ela vive, o que sucintamente inclui sua existência física, psicoemocional, sua energia, sua espiritualidade, seu meio ambiente e a forma em que se inter-relaciona com este e com as pessoas.
Ao consultar uma criança pequena (e estamos falando da faixa etária de 2 a 10 anos), quase tudo é novo. Seu corpo é novo, em geral sua energia vital está vibrante, sua mente aprende rapidamente segundo as exigências do meio, se adapta como pode à vida que o carrega, e sua espiritualidade, repleta de informações que ainda permanecem escondidas em nebulosas de memórias e tarefas ancestrais, vá sendo revelada aos poucos como insights e convicções inconscientes…
Agora…, seu poder de escolha, sua capacidade de adaptação, assim como a possibilidade de comandar sua existência, ainda são limitadas.
Estas crianças são muito novas neste assunto de viver em um mundo cheio de possibilidades e de dificuldades.
Eles são dependentes. Sim… crianças são dependentes (que novidade!), e disso não cabem dúvidas. É obvio…
Nas constelações familiares se observa que, crianças pertencem à família e tem precedência, são hierarquicamente pequenos (dos últimos em chegar à família) e em relação ao equilíbrio dentre dar e receber, eles só recebem.
Pelo tanto, na medida em que não possuem condições para tomar decisões e fazer escolhas, eles não conduzem sua vida; eles não comandam e fundamentalmente dependem dos maiores nos assuntos que se relacionam com a sobrevivência e com a educação.
Além de obvio… Isto pode parecer muito ... frio.
Mas, se consideramos que para ter saúde, a criança deveria ter recebido uma boa herança bioenergética dos seus pais, cuidados físicos e atenção dos pais ou responsáveis nos primeiros anos de vida, uma boa alimentação, higiene, um bom balanço de atividade e descansos, uma educação emocional e social que garanta sua futura inter-relacionalidade… enfim, se consideramos isto… Que culpa tem a criança por não tem saúde?
Pode parecer uma pergunta mais que estranha, mas, na realidade faz parte de uma ressignificação que tem como objetivo compreender a direção que, sim ou sim, os adultos devem dar as questões de saúde dos pequenos.
Apesar de que para mim, este seja o ponto de partida da abordagem do naturoterapeuta no atendimento aos pequenos, o fato de que eles não tenham culpa, não quer dizer que existam culpados, pois sempre, salvo excepções, os pais ou responsáveis fazem o que lhes é possível.
Mas, uma coisa é certa. A criança não pode ser responsabilizada por não ter saúde.
Na observação iridológica feita dentro de um abordagem holístico o iridólogo pode analisar situações orgânicas, funcionais e emocionais que permitem compreender os sintomas e também as suas causas, o que é, em si, de grande ajuda para poder planificar um tratamento organizado e pelo tanto efetivo.
Se tratando de uma criança, a leitura iridológica apresentará alguns desafios.
Por exemplo, as imagens iridológicas só serão confiáveis a partir dos 5 ou 6 anos de idade para um iridólogo experiente, e a partir de 7 anos para um iridólogo sem experiência em atendimento a crianças. Sempre e quando a criança permita a observação, seja com fotografias ou com lupas, pois as crianças possuem pouca resistência à iluminação direta nos olhos, mesmo que seja uma iluminação bem fraca…
Naturalmente a criança não sabe expressar seus sintomas de forma objetiva. As vezes, na pressão dos pais, ou do próprio terapeuta, para dizer o que ele sente, repete frases e conceitos que evidentemente não foram elaboradas pela criança, o que nos obriga a manter olhos e ouvidos bem abertos, para não chegar a perder a linha de investigação certa. Faz parte. Assim como faz parte a natural inquietude e a interminável curiosidade que lhes caracteriza.
Mas, a avaliação iridológica pode trazer muitos benefícios. Muitos e rápidos benefícios.
Sendo que a criança está começando sua vida, o tempo de intoxicação é menor, a interação com seu grupo familiar atual é incipiente e em geral se está a tempo de modificar atitudes, hábitos e comportamentos nocivos, fora claro, dos problemas que possam ter sido herdados.
Se unimos a todo isto o carácter pré-clínico da avaliação iridológica, teremos a oportunidade de agir preventivamente e já não terapeuticamente, o que encurta e facilita qualquer tratamento de saúde em crianças.
Muitos são os casos onde os problemas sérios da idade adulta poderiam ter sido resolvidos corrigindo hábitos e tratando precocemente, situações que, com o passar dos anos, acabaram por se sair do controle.
O diagnostico ou avaliação iridológica, naturalmente preventiva, é uma ferramenta magnífica quando se trata de compreender o que sucede no consulente em termos de saúde, e, a prevenção em crianças, é o melhor tipo de prevenção.
Bem… algumas dificuldades podem surgir na hora de tratar naturalmente a uma criança. Seja porque há muitos produtos naturais com contraindicações específicas para esta faixa etária, seja pelas mudanças alimentares que se deveriam praticar, seja pela dedicação e seriedade com que se realiza o tratamento, dentre outras causas…
Na realidade, são incontáveis as formas em que os desequilíbrios e doenças de uma criança podem surgir. Na prática muitas são as vezes que, a falta de um bom diagnóstico, se acaba por definir as doenças, denominando-as de “acasos” ou de “acidentes” ou mesmo “descuidos”, no que seria uma forma “elegante” de explicar aquilo que não se sabe explicar. Desequilíbrios ou doenas sem nenhuma “causa razoável”…
Mas, sempre existem causas ou origens para que os problemas de saúde, em geral, surjam e se instalem.
As vezes, acharemos estas causas em situações que poderiam ter sido evitadas com um pouco a mais de informação, outras, as causas poderão ser achadas em desequilíbrios que surgem por excesso de cuidados e de amor (aquele amor cego ou amor que adoece)…
Por último, e já mais difíceis de explicar racionalmente, a perda de saúde na criança acontece por motivos sistêmicos, vinculados com as relações familiares atuais, horizontais, mas também naquelas tecidas transgeracionalmente com os ancestres, obedecendo o ritmo e a cadência dos emaranhamentos e conflitos que chegam ao pequeno, desde os sistemas familiares do Pai e da Mãe.
Desde o ponto de vista iridológico, podemos relatar aqui várias situações achadas nos consulentes mirins que chegam ao nosso consultório: Estresse e tensão neuromuscular, Toxemias hepatorrenais, acidose alimentar, Esgotamento nervoso vegetativo, saturação de toxinas de origem alimentar com redução da oxigenação cerebral e outros, os que comumente confunde-se com quadros de deficit de atenção e hiperatividade ou com doenças crônicas de tipo alérgico, todas situações que desde o ponto de vista médico, necessitam de tratamentos medicamentosos de peso.
Podemos mencionar também os sinais de estresse em conjunção com sinais de cunho emocional, vinculadas muito mais diretamente com o medo que com qualquer outra emoção, assim como sinais que sugerem uma criação difícil e rígida, com pais exigentes ou até violentos. Estas pautas, por um lado, são facilmente detectáveis nas íris das crianças como uma particular distribuição de sinais irídicas, mas, por outro lado, resulta ser uma conversação difícil e incomoda para se ter com os pais.
Se fazemos isso, se falamos isso aos pais, parecerá que temos a capacidade e o poder de julgá-los, quando na realidade, o que fazemos, é interpretar os sentimentos e as sensações expressas nos olhos dos seus filhos; o que fazemos é constatar os sinais emocionais que ficaram impressos no registro das íris dos seus filhos.
Ansiedade, depressão, carência afetiva (independentemente dos pais amarem muito a seus filhos), raiva, e outros tantos estados emocionais e psicológicos podem ser observados nas íris das crianças da mesma forma em que se podem observar nos adultos, e, nestes casos, não resulta estranho que a consulta acabe sendo muito mais direcionada aos pais que aos menores.
Fora de todo isto, os sinais orgânicos e funcionais, são bem conhecidos pelos iridologistas, sendo assim facilmente detectáveis e rapidamente interpretados.
Temos mencionado muito nos nossos artigos, que a Naturologia é a ciência do sentido comum, e nada é mais poderoso que o sentido comum, na hora de sermos pais ou responsáveis de uma criança.
Por aquilo que a criança não pode ser responsável pelo fato de ficar doente, é que sabemos que quando fica, quando demostra um problema de saúde, seja físico, emocional ou comportamental, não é um problema dele e sim da família.
Sim meu amigo, sim minha amiga… pode fazer cara feia se quiser…
Dizemos que o filho está vendo e sentindo algo desarmônico que a família nem vê, nem sente, e então o expressa no seu corpo, nas suas emoções e comportamentos da forma em que lhe é possível.
As recomendações terapêuticas que solicitamos no fim da consulta, não são dadas as crianças, são dadas aos pais, e deles depende a modificação de hábitos alimentares, de tomarem mais água, de diminuir o estresse e de praticar um descanso verdadeiramente reparador. Crianças, são crianças e adultos são adultos.
A saúde das crianças, depende de coisas físicas urgentes, como uma boa alimentação, um bom descanso e de uma vida cheia de opções… mas para crescerem com saúde verdadeira, integral, além do material, necessitam e muito, de vínculos saudáveis e amorosos com seus pais ou responsáveis, que são aqueles vínculos que se geram no dia a dia, no toque, no cuidado pequeno, nos olhares e atitudes que fortalecem sua autoestima e alimentam sua coragem para ir para a vida e serem felizes e prósperos.
Um forte abraço a todos
Muita luz
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