A ACIDOSE... (Sempre por trás das nossas doenças e desequilíbrios)


Introdução

Nas consultas naturopáticas é muito comum falarmos de toxinas, de eliminação de toxinas, de excessos de toxinas sempre agregando o termo “acidas” para categorizar essas “toxinas”. As “toxinas ácidas” são quase sempre o mal presente no organismo dos clientes e às vezes, por ser um fato tão comum nos estados patológicos que analisamos, nem explicamos direito o que isso significa. Daí a necessidade de deixar este artigo na consideração dos nossos clientes e amigos.





Já temos ouvido dizer:

“VIVER É A ARTE DO EQUILÍBRIO”.

E é muito certo!

Para tudo é necessário ser equilibrado na vida...

Foi um dos grandes ensinamentos de Buda... “O caminho do meio”.

Mais esse equilíbrio tão procurado na vida social, na vida familiar, também é básico para considerarmos sadios ou doentes. No nosso organismo, internamente dependemos de muitos equilíbrios que, numa vida tão dinâmica como a deste século, cheia de tensões, problemas alimentares, angústias, comunmente acabamos por perder.

Por isso nosso organismo é tão impressionante e fantástico. Ele possui vários mecanismos de grande complexidade, vários sistemas de reequilíbrio que estão atuantes 24 horas para mantermos em saúde quando necessário, sem que tenhamos que ser conscientes disso. São os chamados Sistemas Homeostáticos.

Dentre eles, um dos mais importantes (todos o são) é o mecanismo de equilíbrio ACIDO-BASE, que não é outra coisa que aquele que nos ajuda a manter a acidose (excesso de ácidos) ou a alcalose (excesso de sais) corporal dentro de limites possíveis para a vida.


Através da iridologia é fácil perceber quanto é de agressivo este desequilíbrio. Muito mais grave e comum, quando se trata do aumento da acidez, que quando falamos de aumento da alcalinidade. Pode-se perceber que o aumento de acidez, o que chamamos de acidose é um dos fatores de envelhecimento e de todos os desequilíbrios reumáticos e se percebe pelo aumento das cores esbranquiçadas ou cinza amareladas que ocultam a cor original das Iris azuis, ou quando as Iris são castanhas, o aumento das cores cinza amareladas, cores amarelas sujas e até com as fibras impregnadas em cores laranjas com muito cinza.



A sintomatologia é tão variada que pode confundir ao terapeuta com extrema facilidade, assim como podem confundir também aos médicos e a suas interpretações de exames de laboratório.

O que queremos expor neste artigo para o leitor, são três questões sabre a acidose:

1)        Como é que se chega a esse estado de acidose

2)        Qual é a sintomatologia; o que é a pessoa sente em estado de acidose e,

3)         Qual é o caminho naturopático para desacidificar esse organismo.


COMO É QUE SE CHEGA A ACIDOSE.

Há dois tipos de acidose:

Respiratória e Metabólica.

Na acidose respiratória existe uma deficiência funcional do Sistema Respiratório, que não permite a eliminação de CO₂ nas proporções apropriadas e o organismo acaba por se acidificar. Esta acidose respiratória pode ser aguda ou crônica dependendo de que a baixa eliminação pulmonar de CO₂ se acompanhe de acidez sanguínea ou não respectivamente e claro... Terá tratamentos diferentes.

A Acidose Metabólica em cambio é um pouco mais complexa.

A acidose metabólica é a acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue.

Duas são as fontes da acidose metabólica. Uma de elas é a ingestão de alimentos ácidos ou de venenos ou toxinas acidas que, metabolizadas transformam-se em ácidos que podem ser mal o melhor eliminados do organismo. Outra fonte e a disfunção metabólica que pode ser muito ampla e variada. As principais causas (desde a visão alopática)são:

• Insuficiência renal
• Acidose tubular renal (uma forma de malformação renal)
• Cetoacidose diabética
• Acidose lática (acúmulo de ácido lático)
• Substâncias tóxicas como o etileno glicol, o salicilato (overdose), o metanol, o paraldeído, a acetazolamida ou o cloreto de amônia
• Perda de bases (p.ex., bicarbonato) através do trato gastrointestinal, (diarreia, ileostomia ou colostomia)
Alcalose Metabólica
• Uso de diuréticos (tiazídicos, furosemida, ácido etacrínico)
• Perda de ácido através do vômito ou da aspiração do conteúdo gástrico
• Hiperatividade adrenal (síndrome de Cushing ou uso de corticosteróides)


QUAL É A SINTOMATOLOGIA; O QUE É A PESSOA SENTE EM ESTADO DE ACIDOSE.


Aí si que se complica, já que a sintomatologia é muito variada. Pode começar por Dor de Cabeça e mera sonolência, passar por estados de confusão e falta de ar, complicações articulares, dermatológicas, neurológicas, e chegar ao coma e à morte.

Poderia afirmar que o 95% das queixas iniciais dos clientes são resultado da acidose orgânica. E isso não é exagero!

Dispnéia e tosse, Sudorese, Desmaio, Cianose, Arritmia, Taquicardia, Tremores, Convulsões são em geral sintomas proprios da acidose respiratória...

Por outra parte a acidose metabólica é geralmente caracterizada por respiração rápida. Os sintomas destes desequilíbrios não são em se mesmos problemas a tratar, e sendo assim os tratamentos específicos não são eficientes. Eles não são o problema, são sintomas da doença que é a acidose.. Dor no peito, dores de cabeça, palpitações, dor muscular e óssea, dores articulares, estados alérgicos, fraqueza muscular e dor abdominal, são alguns dos sintomas comuns da acidose metabólica. Como esta condição pode afetar o sistema nervoso central, os indivíduos podem sofrer de ansiedade e sonolência progressiva. Náuseas, vômitos, perda de apetite e perda de peso são alguns outros sintomas de acidose metabólica. Em condições extremas, pode causar complicações graves como coma, estupor e convulsões.

Pero esta lista se amplia muito na prática do dia a dia no consultório.

Muitos quadros patológicos conhecidos como as doenças autoimunes, as psicossomáticas, as crônicas, as agudas assim como quadros dolorosos crônicos, feridas e úlceras de difícil cicatrização, complicações pos-cirúrgicas (veja bem que a lista é muito ampla), são comunmente agravados pela acidose, uma vez que avança e torna-se abrangente o suficiente.


QUAL É O CAMINHO NATUROPÁTICO PARA DESACIDIFICAR ESSE ORGANISMO?


Entendemos como caminho naturopático a terapêutica que o técnico adota tendo como base á filosofia e princípios naturológicos assim como a utilização de diversos produtos naturais. Mas, será impossível sintetizar aqui a diversidade de produtos a sugerir, devido à enorme quantidade de situações orgânico-fisiológicas que poderemos achar nestes clientes. No entanto a compreensão real da situação do cliente acidificado permite elaborar criteriosamente, com as ferramentas que cada técnico domina um tratamento eficiente e capaz de reverter a sintomatologia e a mesma acidose, deixando o individuo com mais saúde.

Para o conhecimento médico, esta apresentação da acidose pode parecer e de fato é muito simples. Existem muitos pormenores a ter em conta na hora do diagnóstico médico. Fatores genéticos, se as acidoses são agudas ou crônicas, se são decorrentes de estados patológicos ou cirúrgicos, se há possíveis efeitos colaterais da medicação que o individuo toma (e a quantidade de tempo que toma) na formação de resíduos ácidos contribuindo para a acidose, a situação metabólica e a forma em que metaboliza seus alimentos e incluso a qualidade dos alimentos que o individuo ingere. É só observar a enumeração sintomática que fizemos antes, para compreender que cada sintoma pode ter derivações e diferentes etiologias e cada uma delas deve ser tida em conta.

Porem, me permito discursar sobre este assunto à luz da experiência naturopática colhida nos “titantos” anos de prática, sem ter a mais remota intenção de ocupar o espaço do médico, já que Eu, não o sou.  


O primeiro grande principio da naturologia é a DESINTOXICAÇÃO.

As pessoas que já tem feito nossos tratamentos podem ser testemunhas da importância deste passo no processo de recuperação da saúde. A maior parte dos clientes sai da sintomatologia com rapidez iniciando a desintoxicação, porque esta consegue melhorar a excreção das toxinas ácidas e assim os quadros de acidose se diluem e deixam de ser sintomáticos.  Se o problema se inicia na má alimentação ou no uso de substancias que contribuam na acidose, e alem de desintoxicar se modifica a alimentação e a ingestão de líquidos de qualidade, o problemaestá resolvido. Isto é muito comum em crianças e adolescentes. Mas, muitos adultos se aferram a uma alimentação errada sem querer renunciar a certas “satisfações” do paladar, em detrimento direto da saúde. É mesmo assim.

Em organismos mais fracos, debilitados, a saída do estado de acidose já não é tão simples. Porém, é totalmente possível.

A recuperação da funcionalidade hepática e renal é imprescindível. Geralmente a desintoxicação pode chegar a melhorar estas funcionalidades em um 50 o 60% e aos poucos a memória orgânico-funcional permite o reequilíbrio total ou quase total, junto às medidas profiláticas na alimentação e na ingestão de líquidos. Trata-se de observar o quadro geral, priorizar e uma vez que a desintoxicação permite uma funcionalidade orgânica suficiente, ajudar ao organismo para eliminar os problemas menores e específicos.

A abordagem destes desequilíbrios ácidos nas pessoas maiores é outro capítulo, já que a acidose é resultado de uma somatória de fatos específicos e de longa data. Geralmente a acidose nas pessoas maiores faz parte do mesmo processo de envelhecimento junto com o acúmulo de radicais livres e perda e desgaste de estruturas e funcionalidades orgânicas.

Nestes casos, já não podemos contar com a “força vital” e a memória orgânica não consegue devolver com rapidez o equilíbrio necessário para a recuperação. Áreas inteiras dos órgãos deixaram de trabalhar em forma efetiva e assim, menos ventilação pulmonar, deficiências renais, disfunções do fígado a falta de exercício e tudo isto sem sequer mencionar as alterações emocionais e seu enorme peso na saúde cardiocirculatória e respiratória... Até as funções digestivas (e isto não é exclusividade das pessoas maiores) passam, na sua disfunção a gerar uma absorção desequilibrada, “pegando” menos nutrientes e mais elementos tóxicos ácidos. Todo o que não se necessita!

Por isso é que o tempo de tratamento se estica. Qualquer ação que tente acelerar estruturas e funções inibidas pelo processo de envelhecimento, pode prejudicar mais do que pode ajudar.

Desintoxicação e recuperação funcional irão juntas carregando nos começos do tratamento a responsabilidade da eficiência terapêutica  nos rins, que serão os encarregados de eliminar uma parte da acidez já retida no sangue.

É um processo longo que geralmente pode ter resultados sintomáticos muito bons em relativamente pouco tempo, ainda que os cuidados profiláticos devam ser muito mais severos para poder manter-se longe dos inconvenientes da acidose.
Em definitivas, comer bem, tomar líquidos na quantidade certa (líquidos bons!!), descansar bem, evitar o estresse desnecessário, iniciar a desintoxicação e a recuperação funcional de rins e fígado, são sempre os primeiros passos para reformular o equilíbrio ácido-base no organismo.

Para finalizar veja as diferencias nas fotografias das Iris de um paciente com acidose e do mesmo paciente após 4 meses de desintoxicação.




Um forte abraço!

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