p. Daniel Della Valle
Faz pouco tempo atrás falávamos das ordenes e desordenes nos
relacionamentos, e dizíamos que esses relacionamentos dentre pessoas desde
sempre são possíveis quando de interesse comum e quando respeitam diversos
tipos de regras, sejam estas éticas, morais, de usos sociais, culturais o de
qualquer outro tipo.
Dentro desse grande grupo de regras, dizíamos que existem as
chamadas leis sistêmicas, que são a base da ciência dos relacionamentos de Bert
Hellinger, e que são validadas a cada constelação.
Bem, e que são as leis sistêmicas?
Uma lei, é uma regra categórica, segundo o dicionário. Uma regra
é uma norma que se impõe a todos os indivíduos que se vem obrigados a submeter-se
a ela sobre pena de sanções.
Sistêmica é um adjetivo que se refere a um todo organizado e
interdependente com é o corpo humano. Se falta um órgão ou tecido, nosso corpo poderá
não funcionar de forma correta e até pode ser que nem seja possível a vida.
Cada um de nós então, é um sistema. E a base das constelações
familiares, assim como o de tudo o que acontece na sociedade e nos
relacionamentos entre seres humanos, é o sistema familiar.
Lei sistema em definitivas é uma lei que se aplica a todos
por igual sem excepção, quando se trata dos relacionamentos entre indivíduos ou
entre grupos de indivíduos.
E de onde vem essas leis sistêmicas?
Bert Hellinger criador das atuais Constelaçoes Familiares,
fez alguns descobrimentos muito importantes para constituir essa nova
filosofia, a filosofia sistêmica, que sustenta o que se deu a chamar a Hellinger
Sciencia®,
ou ciência das inter-relações humanas.
Foram muitas as percepções nas suas experiências de vida, e
aos poucos, abriram caminho para a compreensão da ligação profunda que existe
dentre os seres humanos. Uma ligação que necessariamente é organizada por
critérios, por leis que se aplicam a todos por igual. Leis que em seu momento,
chamou de ordens do amor e que também são chamas de forças por Brigitte de Champetier
de Ribes, uma das mais ilustres alunas de Bert Hellinger.
E mencionamos a Sra Brigitte, porque no em seu livro, “Las
fuerzas de amor”, de 2017, ela sugere uma quarta regra, lei u força sistêmica
além das 3 propostas pela Hellinger Sciencia.
Claro que não foi da noite para o dia. Existiu todo um
processo de amadurecimento para compreender como es que essas leis resultavam
ser tão abrangentes, Assim como para compreender como resultava inevitável
gerar consequências negativas quando estas leis são transgredidas.
O criador das atuais constelações familiares, Bert
Hellinger, nos ensinou que existem três leis sistêmicas básicas: Pertencimento,
Ordem e Equilíbrio.
No entanto, hoje estaremos falando dessa força que a senhora
Brigitte de Champetier de Ribes incluiu como uma força a mais e que se
relaciona intimamente com as outras três.
Se trata da FORÇA O LEI DE ASSENTIMENTO.
Como já dizemos, esta primeira força do amor inclui as
outras três e é pelo tanto a mais exigente, e nos fala do assentimento
incondicional a todo tal qual é.
Ao logo do estudo da teoria e da prática sistêmica, nos
enfrentamos inúmeras vezes com a necessidade do assentimento, que é bem
diferente a aceitar. Muitas vezes aceitamos porque não temos mais remédio! Porque
não temos outra opção e isso, não é um movimento que venha do coração..., não é
um movimento necessariamente do amor.
Assentir por outro lado, é uma atitude positiva de aceitar
sem ressalvas. De aceitar sem críticas nem julgamentos aquilo que já é e com
isso, tudo aquilo que já foi.
Esta opção, não pode vir se não do mais profundo, desde o
essencial do nosso ser. Se trata de uma aceitação humilde, amorosa e
espiritual.
Por outra parte, o assentimento de tudo o que foi e de tudo
o que é, é a única atitude que pode se esperar de algum em equilíbrio, e não
poderia ser de outra maneira.
Quem pode negar o que existe ante seus próprios olhos?
Quem pode negar o que aconteceu no passado?
Só um néscio ou uma criança, pode pretender que a vida se
comporte como ela quer ou necessita.
A vida é como é.
Também resulta evidente que não é possível mudar o passado
que já foi e que pelo tanto não pode ser mudado. Nem pode mudar-se o que é, que
já pertence ao passado.
Só no assentimento, podemos pertencer e respeitar a ordem natural,
hierárquica da vida, porque no assentimento estamos fluindo na direção da vida,
na energia da vida.
Só no assentimento, podemos manter o recuperar o equilíbrio entre
aquilo que damos, que recebemos, que sacrificamos ou compensamos, seja como
devedores ou na inocência de quem dá demais.
Assentindo eu sei que pertenço.
Assentindo seu meu lugar.
E assentido respeito e me respeito.
A lei do assentimento,
repetimos, não foi trazida por Bert Hellinger e sim pela Senhora Brigitte de Champetier
de Ribes.
Bem amigos.... Um forte abraço para todos!
Muita luz!
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