Que bom que
é poder observar o desenvolvimento continuo e irrestrito da iridología nos últimos
anos. Vale lembrar que sou do tempo onde se dividia nossa disciplina em Iridología
Clássica ou Orgânica e em Iridología Holística. E hoje... Há tantas novas e
diferentes denominações para a Iridología, que na hora de enumerá-las
geralmente nos esquecemos de algumas.
Na história
da iridología todo começa com o conhecimento antigo de “antigas” culturas,
acunhado no empirismo, na observação, no acerto e no erro..., mas, depois se
nutre da investigação e da tecnologia. Muitos médicos antigos e posteriormente
homeopatas (como o mesmo Hahnemann) a estudaram e a construíram, como Ignatz Von
Peczely (um dos pais modernos da Iridología) e antes dele, Hipócrates, Paracelso
e Philip Meyen von Coburg. Muitos Religiosos,
como foi o caso de outro dos pais modernos da Iridología, Nils Liljequist e o
Pastor Emanuel Felke (também ilustre Homeopata).
Sem dúvidas
estou deixando fora muitos nomes... Muitos! Nomes de valentes e motivados estudiosos
e praticantes desta nobre técnica.
É na terceira parte do século passado que o
estudo aprofundado da iridología avança meteoricamente, justamente, da mão da ciência
e da tecnologia, crescendo no desenvolvimento das outras ciências da saúde e em
vistas de sua efetividade e crescente aceitação.
Hoje, a
iridología, igualmente que outras áreas do saber, se aplica de forma geral ou
específica segundo seja o caso, mantendo a Iridología Clássica como base, como
conhecimento primário indispensável, primando nela uma atitude holística e ainda
matizada de elementos específicos vinculados às áreas do ser que estão sendo
avaliadas.
Para não fugir
do tema, queria dizer que hoje de manhã, surgiu nos meus pensamentos a ideia de
que a forma em que denomino meu trabalho, de IRIDLOGIA NATURAL, não está totalmente certa.
Não é que
esteja erada. Se fosse assim a trocaria...
Mas,
pensando bem, deveria chamar-se IRIDOLOGIA
da NATURALIDADE.
Por ser Naturoterapeuta
e iridólogo, está correto chamá-la de IRIDOLOGIA NATURAL. No entanto após 25-30
anos de trabalho, nosso estilo tem definido uma forma de iridología particular,
que reúne a base clássica, a visão holística, que respeita a diversas propostas
religiosas, que abraça o conhecimento das culturas ancestrais, mas que não “arreda
o pé” do mais simples e puro “sentido
comum” nem dos Princípios da
Naturalidade.
Que é isso dos Princípios da Naturalidade?
Se falamos
de Natural, nos referimos ao que pertence ou se
refere à natureza.
Se falamos
de Naturalidade, falamos de: qualidade, estado ou condição do que é natural.
Podemos
tentar dar uma explicação simples e direta destes princípios dizendo que eles são
o cânone do bom viver. Conhecimento antigos, simples, que deveriam ser intrínsecos e
sempre presentes no ser humano pois fazem e definem nossa humanidade “aqui e
agora”, no mundo em que vivemos, permitindo nossa integração harmoniosa com a família,
com a sociedade, com a natureza... com o planeta todo.
Através da
observação e prática das leis da Naturalidade somos parte do natural, dessa
harmonia, dessa concatenação, de forma sabia e generosa.
Uma
explicação um pouco mais complexa e por isso muito mais completa e profunda dos
Princípios da Naturalidade é a que achamos dentro dos ensinamentos fundamentais
do Taoísmo (e do Tao como filosofia) e que podemos achar no livro “Tao Te Ching”,
comentado a mi forma de ver, iluminada e generosamente, por Wu Jyh Cherng.
“A
naturalidade é um estado alcançado pela pessoa que age (no mundo) com “simplicidade, humildade e afetividade”. Não está de mais dizer que este estado só se
alcança quando superamos dentre outras, as limitações do Apego (um das cinco
não-virtudes ou subtrativos da Teoria dos cinco elementos).
Nosso
objetivo tem sido historicamente lograr o acercamento da essência do ser (da
qual nos afastamos sistematicamente desde o nascimento e não poucas vezes desde
a concepção) a sua individualidade, na compreensão de que a última se dissolve
e perde sua força e precedência com o aprendizagem da primeira.
Não se trata
de eliminar nosso Ego, de perder nossas características ou de cair numa massificação
descerebrante. Trata-se sim de respeitar esses Princípios e sermos parte da
vida que nos toca viver, de forma mais equilibrada e sabia, respeitando a
dinâmica e o devir natural no nosso entorno, do particular ao geral, ou seja, em
relação ao nosso ser e de nosso ser em relação ao universo.
É interessante
poder ajudar às pessoas a eliminar sintomas, dores, doenças, desequilíbrios e
estados emocionais desarmônicos. É mais interessante (no nosso caso) fazer isso
através de meios naturais, construtivos por definição, tratamentos não sintomáticos
que visam a recuperação da memoria de saúde do nosso organismo e da nossa mente.
Mas, muito mais interessante ainda é despertar a consciência de se mesmo,
acordar ao autoconhecimento, descobrir nossa verdadeira natureza, nossa
verdadeira essência, para assim respeitá-la e andar pelos caminhos da
naturalidade para evoluir e crescer “naturalmente” com saúde e qualidade de vida.
Nosso
trabalho deveria chamar-se IRIDOLOGIA DA NATURALIDADE.
Vamos pensar
nesse assunto!
Um forte
abraço e muita luz para todos!
Daniel H. Della Valle
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