Podem
existir muitas dúvidas sobre a Iridologia. É uma técnica antiga... Ainda que ha
pouca informação. Mas, sempre podemos contribuir com a desinformação quando só
tentamos tirar as duvidas mais simples ou brindamos informações muito básicas.
Poucas vezes entramos em temas verdadeiramente esclarecedores. E assim, a gente
cansa de ler sempre a mesma coisa em cada nova página, em cada novo blog que
fale sobre a iridologia.
E o pior é
que se repete a mesma formula de descrição da iridologia y se repite a mesma
historia de um buho, de uma pata ou asa quebrada e de um bom senhor chamado de IGNAZ
VON PECZELY que
acabou por descobrir a possibilidade que já, séculos ou milênios antes era
conhecida por uma boa parte da humanidade.
Ignaz Von Peczely Nils Liljequist
Von Peczely
foi muito bom para a iridologia. Igualmente ao Pastor NILS LILJQUIST que
estudava e pesquisava sobre iridología em forma contemporânea a Peczely. Com
tudo, longe estão de serem os primeiros iridólogos. Na realidade eles tiveram
uma excelente oportunidade histórica, pelas circunstancias sociais e
científicas da época. Mas, ainda assim,
não começa aí a iridologia. Só como para deixar um dado histórico, uma
das referencias mais conhecidas da iridologia é Hipócrates. 500 aC!
2.360 anos
antes de Peczely!
Sou seguidor
dos artigos, blogs, livros e quanto surge nos meios e fale da iridologia. Mas,
quando algo começa a falar sobre a historinha do buho ou da coruja... foi! Perco
imediatamente o interesse.
Mas... Em
fim, essa é minha loucura.... já já já!
Agora, falemos de iridologia.
A IRIDOLOGIA
é maravilhosa!
São anos de
prática e jamais me deixa entediado, restrito... Sempre abre novas
oportunidades e caminhos terapêuticos para os clientes qualquer seja o problema
de saúde.
A ideia de
escrever este artigo surge da observação do resultado dos tratamentos de alguns
clientes, onde não é possível detectar progressos reais, sintomáticos e/ou
iridológicos ou sendo estes quase inexistentes. São indivíduos que se encontram
no que se poderia chamar de "fronteira da possibilidade terapêutica",
que é quando o "momento" diagnóstico nos diz que no organismo não há
força vital ou capacidade de desintoxicação e recuperação.
Acho que
mais que uma descrição iridológica desta "fronteira da possibilidade
terapêutica" o nosso discurso passa pela percepção do aspecto
ético-filosófico ou até moral de todo o que define este momento.
E... Porque
falar deste tema... É que após muitas consultas, de muitos clientes, podemos
“juntar” no nosso “arquivo mental” (aquele que permanece aberto o tempo todo),
alguns desses casos que ficam pesando na nossa cabeça como... “Será que não
poderia ter feito alguma coisa diferente?” Ou como... “Será que minhas
interpretações iridológicas deveriam ter nos levado a melhor sucesso? Faltou
perícia?”
Mas, na verdade,
é só pensar um pouco para perceber que isso de nos julgar, de nos sentir como
“culpados” pela falta de êxito nos tratamentos de alguns indivíduos não é
necessário. Claro está que devemos ser cuidadosos e responsáveis reconhecendo
os nossos limites. Não devemos prejudicar com os tratamentos inviáveis, não
devemos intervir nas recomendações médicas, não devemos nos comportar como
médicos assumindo a condução dos tratamentos em nenhum caso e menos ainda nos
casos “difíceis”. Claro está que devemos explicar e ensinar ao individuo o que
está sucedendo e como ele mesmo pode e deve se ajudar; como fazer sua parte
(coisa na que insisto até o cansaço nos temas deste blog) para atingir seu
objetivo de recuperação. Em situações extremas, onde a saúde do indivíduo está
fragilizada temos que agir com sabedoria e organizar muito bem o programa
terapêutico, sem afastarmos das premissas e diretrizes da naturologia, das
normas éticas e morais, e menos ainda das leis vigentes.
E se
realmente agimos segundo a nossa consciência e fazemos tudo isso com muita
dedicação e respeito pelo individuo que nos consulta, então não é necessário
nem possível o autojulgamento. Revisão sim. Analise de cada caso para
sintetizar cada experiência... Também. Mas, sem autojulgamento.
Vejamos:
Na frente
das iris, o iridologo geralmente compreende a situação como quem observa um
quadro dinâmico. Determina rapidamente as toxinas e os órgãos em disfunção, ás
áreas de lesão, as áreas inflamatórias, o grado de afecção nervosa, o grado de agressividade
do estresse, as dificuldades tensionais e circulatórias... Pode compreender as
dificuldades da sua historia, seus grandes bloqueios e seus medos. Consegue ver
e organizar o que vê, botando em sequencia temporal o que existe desde faz
tempo, o que existe já faz não tanto tempo... e o novo. Faz-se uma espécie de “mapa”
da situação e pode definir um tratamento ordenado, com uma programação que
consiste em desintoxicação, recuperação funcional, harmonização metabólica,
física, nervosa e emocional, remineralização e revitaminização, educação para a
saúde e metas preventivas através dos câmbios de hábitos para finalmente chegar
a assumir a responsabilidade da sua própria saúde.
Vivencio isso como um diálogo que se
estabelece com as íris que observo, “ouvindo” o que elas dizem e ordenando toda
essa informação e, sempre, dando espaço a tudo aquilo que o indivíduo tem pra me dizer. Porque é importante e porque, em
todo caso, o que o individuo diz, serve como estrutura conceitual para devolver
a informação que ele necessita ouvir.
Como dizia o
Pastor Felke, "As iris ditam as receitas".
E é por isso que sempre achamos caminhos para
ajudar. É verdade que nem sempre como o cliente quer... Muitas vezes chegam á
consulta na procura de perder peso ou para tirar a dor da calcificação plantar
só para poder continuar usando salto alto... O para melhorar o desempenho sexual
ou reverter a "nuvens" de uma catarata. Não que sejam pedidos tolos
ou pequenos. São válidos. Pero no pedido do cliente existe um objetivo imediato
que não passa pela saúde que na realidade é o grande objetivo. Naturopaticamente,
a gente vê essas situações de forma diferente; como oportunidade para coisas maiores.
Ou, tentando ser um pouco mais claros: Pensemos quantas situações patológicas
podem se esconder atrás do sobrepeso ou de uma ereção pobre. Quanto tratamento
se necessita para descalcificar o tendão e quanto esforço fisiológico isso
leva... Pensemos que a única forma de deter o crescimento da catarata ou mesmo
até poder chegar a uma pequena reversão da mesma, é frear o processo de
acidificação, recuperando as funções hepáticas (e outras), o que supõe ter que
reverter o resultado de anos de uma má alimentação ou toda uma história
emocional com raízes na própria personalidade, quando no as duas coisas... E
ainda, através da compreensão psicossomática, por trás de cada uma destas
situações de saúde podemos descobrir quantos ensinamentos, quanto crescimento
existe ao realizar um verdadeiro e profundo processo de cura.
Ainda assim
a gente enxerga os caminhos necessários para o sucesso de um tratamento
possível e efetivo que se faz realidade no compromisso do cliente em realizar
dito tratamento.
Geralmente,
as pessoas fazem os tratamentos do seu jeito... Mais ou menos... "eeee...
você viú"!.
E ainda
assim podemos obter bons resultados.
Após um bom
diagnóstico iridológico e se iniciar um tratamento ordenado, podemos ver como crianças
melhoram efetivamente após que as famílias corrigem a alimentação e fazem o
tratamento. Pode se dizer que o tratamento resulta até veloz e sumamente
eficiente. Vemos como as pessoas reagem ao tratamento de desintoxicação, se harmonizando
e eliminando sintomas que já sofriam desde anos sem ter mais que alívios temporários
entre as investidas dos tratamentos medicamentosos. Alguns tratamentos naturais
parecerão até mais demorados pelas características dos clientes, pela resistência
a eliminar certos alimentos ou até mesmo por ter dificuldades para beber
água...
Mas, ante a persistência
no tratamento, dos cuidados e da toma de consciência, sempre obtemos
resultados. Não é fácil sempre, mas, é possível "quase" sempre.
E é aqui
onde situamos a problemática que tratamos neste “post”. Temos que enfrentar
esse "quase" do "quase sempre" e resolvê-lo. Que
acontece quando não conseguimos os resultados mínimos necessários?
Não há como
uniformizar os casos. São tão diferentes como casos existem. Mas, podemos com a
intenção de “dialogar” sobre eles, dividi-los em dois grandes grupos.
·
Por
um lado, é muito claro ver com certeza absoluta após tentativas infrutuosas de
tratar disfuncionalidades ou até mesmo quadros patológicos mais severos, que se
o cliente não faz seus esforços não melhorará.
·
E
por outro, achamos os outros clientes que fazem parte de esse "quase", que querem com afinco
melhorar, que fazem o tratamento. Eles pedem "ajuda" e os nossos
melhores esforços para um bom diagnóstico e um melhor repertório terapêutico, se
atendo a pequenas melhoras para acreditar na recuperação, ainda que não seja
total, e não entanto, não se recuperam. Eles estão no que chamei antes de
"a fronteira da possibilidade terapêutica". Neles, acabou a
força vital, as funções orgânicas não reagem, ha sistemas em falecia... Todo
esforço parece ser pouco ou nada para obter reações funcionais ou fisiológicas.
E novamente,
a iridologia é implacável. As iris nos dizem que não há mais caminhos.
Dentro
destes possíveis casos, poderemos achar aqueles indivíduos com falência renal
ou hepática, pessoas maiores com envelhecimento avançado e grandes percas
funcionais e teciduais, alguns quadros de desequilíbrio emocional que passam à
esfera psiquiátrica ou quadros psiquiátricos diretamente, além de um grupo de
pessoas não menor, que não se priorizam, que não valorizam a vida em saúde e
preferem a satisfação momentânea de algum dos seis sentidos, humanos ao fim.
Claro que não é uma enumeração científica e seguramente pode haver outras circunstancias
e situações patológicas envolvidas para o insucesso. Mas, na minha experiência
som esses os casos mais comuns.
É difícil
reconhecer estes casos iridologicamente em uma primeira observação.
No entanto o
iridólogo competente saberá intuir que se trata de um caso limítrofe.
As iris
perdem totalmente a coloração e se pode observar uma sobreposição de camadas
toxémicas que por baixo possui muito cinza escuro, e cada vez mais superficiais
laranjas fortes e escuros, amarelos descoloridos e cinza-brancos. A maior parte
das vezes não temos observação nenhuma do estroma da iris, no reconhecendo
fibras, nem lagoas ou criptas, Radis Solaris ou Anéis de Tensão. Só manchas de
diversas classes de toxinas, de diversos orígenes disfuncionais e anunciantes
de grande fraqueza e inoperância metabólica. Até na esclera se pode ver a perca
de saúde circulatória e fortes impregnações que anunciam a queda funcional
hepática. Como acostumo mencionar nas minhas anotações... Impregnação e
saturação toxémica.
Nas fotografias a seguir vemos alguns dos casos mencionados.
Podemos ver claramente nas iris azuis, como a acidose toma conta com evidente disfunção hepática.
Agora... Tudo
isto não alcança para definir o momento absoluto do indivíduo e ainda assim, nos
mostrando um panorama desolador, devemos procurar a reação orgânico-funcional...
Mas, a partir de que órgãos ou sistemas pode se erguer uma estratégia
terapêutica? As premissas da Naturologia dizem claramente que temos que cuidar
para que nada de aquilo que façamos prejudique ao cliente! E desintoxicar exige
funcionalidade renal e hepática... As toxinas vão para o sangue para serem
limpas pelos rins. O sistema linfático geralmente já está saturado, o fígado
não metaboliza e qualquer esforço de desintoxicação abaixará drasticamente a
imunidade de alguém que já está muito fraco. Quase sempre observamos uma
irritação forte das vias urinárias que às vezes até se transformam em infecção.
O sangue carregado de toxinas gera catarro, diminuição da oxigenação, gerando dores
e mal-estares. Todo isto faz que a programação do tratamento tenha mais a ver
com um vaivém de peças num tabuleiro de xadrez que com a toma de decisões a La
que todo processo diagnóstico conduz... Pouco a ver com o que a “práxis”
geralmente nos conduz a fazer.
Após
determinar a estratégia terapêutica, é esperar que a pessoa faça o seu esforço,
faça o tratamento, se utilize de manobras de Hidro e Geoterapia, tome muita
água, coma muito bem y suporte os sintomas que possam sobrevir dentro das
possíveis "crises de cura" tão contestadas e criticadas mas quase
sempre presentes nos tratamentos naturais. E aí sim, numa segunda observação iridológica,
dentro do possível após 25 ou 30 dias de tratamento, teremos a "direção"
do quadro patológico. Saberemos se está melhorando, piorando ou se está todo
igual. Geralmente tudo isto é independente dos sintomas. Com muita sorte a
pessoa sente que está melhor, pelo menos em algum sentido. Pero é comum ouvir
dos clientes que estão piorando ou que até tem sentido novos e diferentes
sintomas ruins. Com sorte, nos dizem que não sentiram nenhuma coisa diferente.
Que estão iguais. Mas, o realmente importante para nosso interesse investigativo
são os sinais iridológicos. Os câmbios nas íris.
Qualquer
sinal de desintoxicação abre os caminhos para a recuperação. Nem sempre isentos
de sintomatologia molesta ou até a sensação de estar piorando.
É comum que
existam reações aparentemente adversas no sistema urinário, na pele, na
imunidade, gastrintestinais, hormonais, sem que elas necessariamente queiram
nos dizer que algo está errado.
Então,
segundo cada individuo, poderemos achar nas iris sinais de recuperação na
limpeza da esclera, a saída o diminuição dos tons cinza-escuros e
cinza-amarelados, o começo da limpeza na circulação periférica, com muita sorte
veremos reações neurovegetativas... As vezes simplesmente cinzas muito claros,
quase brancos, escurecem ou camadas toxínicas superiores permitem ver um pouco
mais claramente as inferiores...
Às vezes são
necessários três ou até quatro iridoscopías para compreender que podemos
esperar uma recuperação ainda que lenta, ou que estamos sim, perante daquela
"fronteira da possibilidade terapêutica" e então decidir falar o que é
que a gente acha ou sugerir com calma e muito respeito uma mudança de estratégia
para priorizar a qualidade de vida e uma minimização sintomática, dentro da
ética e das possibilidades naturoterapêuticas.
Eu tenho
como filosofia no trabalho naturoterapêutico não dar nada por perdido. Primeiro
se tenta e se retenta, mas, nos casos onde o tratamento se “estanca”, onde não
há avanços reais no sentido da “vida”; no sentido da “dignidade de estar
vivendo” e se está meramente “sofrendo a vida”, a nossa atitude deverá ser a de
velar pelo bom desenlace de cada caso em termos éticos e morais, e porque não,
espirituais. Isto significa reformular o caso junto à família quando possível,
ou mesmo com o individuo, para definir juntos os passos a seguir. Mentir ou
deixar “a coisa rolar” não é opção.
Definida a
situação e sabendo que se trata de alguém que pode melhorar e não faz para
isso, seja pelos motivos que for, já que seguramente todos esses motivos foram
exauridos consulta a consulta até chegar à comprovação da falta de compromisso
com o tratamento, só nos resta informar ao cliente e explicar que nada mais se
conseguirá em termos de melhoras de saúde no caso de se manter essa paródia de
terapia.
A nossa
atitude deve mudar. Não acredito que seja possível expulsar o cliente; não
atendê-lo mais. Ainda assim, cada passo terapêutico deverá ser analisado á luz
da pouca dedicação talvez para procurar caminhos diferentes que façam possível
a criação de laços entre ele e sua própria saúde, ou para poder mudar suas priorizações.
E quando
estamos perante dos outros clientes, aqueles que não têm energia nem resquícios
de saúde para sustentar qualquer recuperação, a nossa procura será a de
proteger essa fragilidade. Em tanto seja possível trataremos de diminuir a
sintomatologia e melhorar a qualidade de vida, diminuindo a tensão física e
emocional que o indivíduo carrega durante boa parte da sua vida e até a que se
gera na própria situação de fragilidade que hoje se encontra.
Quando
possível, falar com a família não para dar uma sentencia ou para fazer
futurologia. A pessoa pode ter ainda uma vida longa ainda que com pouca saúde.
Mas, sim para explicar a situação e fazer as sugestões terapêuticas apropriadas.
Eu sempre recomendo controles médicos em períodos não maiores a 3 meses e, em
todo caso, uma visita ao nutricionista ou nutrólogo, para melhorar tudo o
possível a ingestão de alimentos apropriados, necessários e facilmente
digeríveis.
A fronteira
da possibilidade terapêutica não é o fim da linha,
É o momento
em que devemos fazer um “cambio de marcha” na intensidade e também nos
objetivos do nosso trabalho, a favor de aquilo que é possível para o indivíduo
que nos consulta.
Abraços!
Muita Luz!!
Daniel H. Della Valle Cauci
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