Uma das constantes achadas nas
consultas dos nossos clientes, e a enorme dificuldade que as pessoas temos de
beber água. Pero á resistência a beber água se soma também a enorme
desinformação que temos ao respeito.
Ouvimos que no se bebe água
porque não se sente sede, porque se bebe tem que urinar e isso lhe “tira” das
suas atividades, porque se esquece, porque engorda, porque já toma boa
quantidade de café e de sucos, ou simplesmente porque só bebe quando faz
calor... Por estas latitudes, aonde o sentido de responsabilidade que vem dos imigrantes
é muito grande e determina os comportamentos (perfeccionismo, rigidez,
metodismo, autopostergação, etc.,...), é de o dia a dia escutar dos clientes
que não param para beber... Isso pode esperar... Mas o trabalho não espera y etc.,...
Na nossa prática começamos
solicitando aos clientes beber mais. Pronto observarmos que essa sugestão não
era suficiente, e então passamos algumas dicas das necessidades que temos de
certas quantidades mínimas de água por dia... Mas, isso não foi suficiente.
Hoje está nas nossas sugestões de tratamento escritas a “sentença” certa de que
se não se bebe líquido em quantidade e de qualidade suficiente, o nosso
conselho é nem fazer o tratamento.
He aí a enorme importância da
água no processo de cura assim como na manutenção da saúde quando esta já está
em equilíbrio.
Por isso, falemos um pouco destas
questões.
O nosso organismo é minimamente
60% de água. Mais nos primeiros anos de vida (70 – 80%), e menos (50%) nos
últimos. Fala-se de beber de 1,5 lt a 2.o lt de água por dia, mas, aí já
estamos sendo muito imprecisos. Na
realidade existe uma grande diferencia nas necessidades de líquidos numa pessoa
de trabalhos sedentários, com 58 anos de idade e 45 kg de peso, e outra pessoa,
que realiza trabalhos braçais, de 26 anos e 130 kg de peso. Já há diferencias
espantosas dentre as necessidades de água de uma mesma pessoa que habita o sul
do Brasil, e se desloca para o norte... A partir do norte de São Paulo, a mesma
pessoa necessitará de mais quantidade de líquido para não se desidratar, para
manter suas funções digestivas e respiratórias em equilíbrio, em fim... Para
manter se em saúde. Às vezes podemos falar de que a necessidades de líquido
chegam quase ao dobro!
Porque é que necessitamos de tanta água?
Tem que ser mesmo água?
A sopa, o macarrão, os molhos... Possuem uma quantidade de líquido.
Esse líquido não faz parte da quantidade de líquido que necessitamos para ter
saúde?
Podemos dizer que a água é
extremadamente importante para as mais diversas atividades celulares (o todo no
corpo), extracelulares, circulatórias, respiratórias, digestivas e até na
excreção.
a)
Os processos homeostáticos, através dos quais
nosso organismo se regula e se equilibra, mantendo a saúde num meio cambiante,
dinâmico, ocorrem sempre no meio aquoso. A
regulação homeostática refere-se ao conjunto de processos que os sistemas
biológicos utilizam para se manter, num determinado momento e habitando um
mesmo local, relações dinâmicas, equilibradas, com si próprio e com o meio. Sem
o líquido intracelular, as reações químicas próprias do metabolismo não seriam
possíveis, inviabilizando á vida.
b)
O Líquido intravenoso, já não aquele dentro da
célula e sim aquele que circula em veias e artérias, é indispensável para o
transporte de alimentos e outros produtos do metabolismo celular e orgânico,
como são diversos metabolitos, hormônios, neurotransmissores, etc..
c)
Outros líquidos a nível orgânico são
fundamentais para o sistema digestivo. Suco gástrico, o meio enzimático, o
traslado dos nutrientes até o fígado... Tudo necessita do meio líquido. Segundo
a fisiologia perto de 8 litros de líquidos intracelulares são utilizados para
processar a digestão, sendo excretados à luz gastrintestinal para realizar suas
funções e são reabsorvidos novamente após da mesma.
d)
As excreções dos resíduos do processo alimentar,
não teriam como funcionar sem a quantidade de líquido apropriada, tanto em
termos renais (a urina é líquida e sem líquidos o rim não funciona!) como
intestinais (provocando fezes duras, sem tráfego intestinal). Os restos
resultantes da digestão e absorção dos alimentos formam a maior parte das
fezes. A água é fundamental para dar consistência às fezes e favorecer a sua
eliminação. A ingestão insuficiente de água origina muitas vezes fezes secas e
duras, difíceis de expulsar, podendo conduzir ao intestino preso. Por outro
lado, Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, canalizando
para a urina as toxinas e os resíduos resultantes do metabolismo orgânico para
serem eliminados. Se bebermos pouca água, os rins ficarão sobrecarregados sendo
muito mais difícil a realização deste trabalho. Anos bebendo pouco líquido sem
dúvidas leva a perturbações renais sérias.
e)
O sistema respiratório necessita de um volume grande
de água para á troca gasosa e para a manutenção dos tecidos envolvidos no
processo respiratório.
f)
Ainda
mais escondida para o leigo, está à necessidade de água na regulação do calor
corporal. O sobreaquecimento do corpo pode trazer consequências desastrosas
para nossa saúde e a perda desse calor corpóreo excessivo se efetua per
mecanismos chamados de evaporação, condução, convecção e irradiação (os três
últimos sem a necessária participação dos líquidos corporais). Na evaporação,
sem que a gente perceba, para resfriar o corpo, perdemos aproximadamente 600 ml
por dia! Mas a quantidade pode crescer e muito quando a temperatura do nosso
hábitat ultrapassa os 32º, 33ºC. Ainda na perda de calor corporal, nosso
organismo se vale da expiração (parte do processo respiratório), o qual exala
água em forma de vapor, que leva a resfriar-se.
g)
Calcula-se
que existe uma redução da efetividade orgânico-funcional da ordem dos 30%,
quando existe uma redução de apenas 4 a 5 % da água corporal. Um dado meio
alarmante é que podemos viver sem comer até 8 semanas sempre e quando tenhamos
saúde. Digamos que duas a três semanas em media. Mas os sistemas corporais
começam a falhar se passamos mais de 3 dias sem água. Morte neuronal,
desorientação e falência geral será o destino numa viagem sem água.
h)
Existe uma perca constante de evaporação e
respiração que oscila entre os 800 e 1000 ml e aproximadamente de 800 a 1200 ml
pela diurese (urina). Nas fezes, perdemos perto dos 100 ml. Estas perdas, meus
amigos, são constantes querendo ou não. E elas crescem diretamente relacionadas
com o grau de atividade e a temperatura ambiente!
i)
Não se deve esperar pela sede para beber água,
pois quando ficamos com sede significa que o nosso organismo já necessita de
água há algum tempo. Quando tomarmos água com sede, já é tarde! Sintomas como
boca seca, mal estar, diminuição da produção de saliva e respiração acelerada
pela boca são sinais de que o corpo necessita de ingestão imediata de água. Pequenas
perdas de água não repostas podem prejudicar o desempenho, diminuir a
capacidade de trabalho, aumentar a temperatura do corpo e o número de
batimentos cardíacos.
j)
Grandes perdas de água não repostas podem levar
a pessoa à exaustão, provocando cãibras musculares, desidratação, alucinações e
até mesmo a morte.
Todo nosso organismo resente a
falta de água:
Assim, a pele resseca y fica
áspera, envelhece muito mais rápido; O cabelo perde brilho e fica quebradiço; o
cérebro que é 85 % água não pode se desidratar. Se perder só 2% do seu líquido
diminuirá perto de 20% da sua capacidade intelectual e física; a Celulite
aumenta; o emagrecimento torna-se mais difícil pelas dificuldades que se
introduzem no processo digestivo e de eliminação de toxinas (alem de perder a
oportunidade de aumentar a saciedade pela ingestão de água, sem calorias nem
gorduras de tipo nenhum).
Crianças, Grávidas e Idosos, nem
podem pensar em passar sem água.
Na infância é onde se forma o
hábito de beber água e não os substitutos errados. É na infância onde a
desidratação é mais rápida e grave. Mais importante ainda que para qualquer
pessoa, é o beber água para uma gestante, já que sua saúde e a do bebê
dependerão da correta hidratação... Inclusive para a manutenção do líquido
amniótico.
Com a idade, e mais ainda a
partir dos 60 anos, começamos a perder a sede e pelo tanto se bebe menos água e
então se faz imprescindível manter-se alerta. Além disso, o envelhecimento das
estruturas articulares e a perca da funcionalidade gastrintestinal fazer da
água um aliado imprescindível para manter-se em saúde, sem dores e com o
intestino funcionando.
O sangue e a linfa são
basicamente compostos por água. Estes líquidos corporais são a “vida” em nós.
Sem eles não há vida, nutrição, respiração, cicatrização, equilíbrios
hormonais,... Não há vida de jeito nenhum! Pouco líquido é tudo o que necessita
para termos o sangue grosso, sujo, cheio de metabolitos e impurezas que depois
virão a ser a causa de dores corporais, esquecimento, irritabilidade, algumas
das tão comentadas enxaquecas, as pseudoalergias, acidificações e aquelas
odiosas dores pós-traumáticas ou pós-cirúrgicase falta de oxigenação cerebral
e/ou geral, etc.,...
Sem água a filtragem feita pelos
rins, e forte de mais; acedo de mais e com pouco líquido a quantidade de urina
será menos. Uma filtragem forte e aceda concentrada em pouca quantidade de
urina fará desta um líquido ácido, irritante e queimante, que provocará uma
cistite, que na maioria dos casos será tratado como infecção urinária, quando
não é. Quando é simplesmente falta de líquidos!
Sema falar do aumento de possibilidades de precipitação da acidez em
forma de cálculos (pedras) nos rins ou vias urinárias.
Necessidades diárias
A quantidade de água perdida a cada 24h deve ser reposta para manter a
saúde e a eficiência do organismo. Em geral, adultos devem consumir 35mL/Kg de
peso, crianças 50 a 60mL/Kg de peso e lactentes 150mL/Kg peso. Isto quer dizer
que se uma pessoa pesa 70Kg ela deverá ingerir diariamente cerca de 2,5L de
água.
Como já dizemos antes, sucos, refrigerantes, café e os alimentos contém
água. Mas, todos estes elementos necessitam ser metabolizados para finalmente
se obter a água que eles possuem. O
corpo deve estar bem hidratado para chegara a aproveitar aqueles líquidos que
os alimentos já têm, pois, em caso contrario a metabolização desses alimentos já
começará defeituosa.
Por tanto estamos falando de água pura preferentemente e, no nosso
trabalho terapêutico admitimos tanto a água como o chá (fundamentalmente aquele
recomendado fitoterapèuticamente), e quando feito bem fraco.
Fatores que aumentam as necessidades
de água
Já mencionamos algo deste assunto, mas, para deixar claro, repetiremos:
Pelas perdas naturais do funcionamento normal do nosso corpo, deveríamos
repor uma perda de aproximadamente 2,300 a 2,500 litros. Ainda assim, existem
fatores determinantes para aumentarmos essa quantidade.
O Calor aumenta a evaporação não perceptível através da pele, aumenta o
ritmo respiratório e a transpiração por tanto, as necessidades de água podem
até dobrar no aumento de temperatura e da umidade ambiente.
Uma pessoa fazendo exercícios deve necessariamente se hidratar
contantemente, pois o aumento de suor, é impressionante. Dependendo do
exercício, a necessidade de reposição de líquidos pode ser até de 2 litros a
mais por cima das necessidades básicas.
Outro fator que aumenta a necessidades de líquidos são as doenças.
Gripes, febres, doenças infecciosas, tudo o que aumente o catarro, diarreias...
Em fim, quase todas si não todas teriam melhor prognóstico e evolução mais
veloz si se ingere maior quantidade de água.
É necessário ingerir maior quantidade de água também durante a gravidez,
tendo em vista a formação do líquido amniótico e o aumento no volume de sangue,
e também para atender as necessidades do feto em desenvolvimento. Da mesma
forma, mães com filhos que mamam no peito precisam aumentar a ingestão de
líquidos para produzir leite, que contém 87% de água.
É bom lembrar também que alguns componentes da dieta aumentam a
necessidade de água, como é o caso dos alimentos muito salgados.
O uso de diuréticos ou outros medicamentos que aumentam o fluxo urinário
requer uma ingestão adicional de líquidos.
Para os nossos clientes em
particular:
Iridologicamente existe uma diferencia enorme num tratamento realizado
bebendo muita água. Tenham em conta que um tratamento naturopático possui
princípios, premissas que devem ser respeitadas. A filosofia na qual se baseia
a naturologia existe por alguma razão.
Num tratamento natural, a gente não obriga ao organismo a fazer aquilo
que não pode. Basicamente, o naturoterapeuta deve ajudar a eliminar as
dificuldades que nosso organismo possui para poder realizar suas funciones em
normalidade e, dessa forma permitir-lhe se equilibrar.
Por outra parte, a pessoa que está com os problemas de saúde, aprende com
a ajuda do terapeuta a corrigir erros de comportamento, de alimentação, de maus
hábitos e assim fechar o círculo terapêutico e profilático para a saúde voltar
a “reinar”. Por tanto comer melhor, descansar melhor, tomar a quantidade e a
qualidade de água necessária, diminuir o estresse emocional, etc., são ações
que junto ao tratamento proposto constituem os pilares insubstituíveis do
processo de cura. Faltando qualquer um desses pilares, o avanço do tratamento
será difícil, lento, cheio de sintomatologias e crises de cura.
Tomar água ao fazer um tratamento natural, não é um favor que se lhe faz
ao terapeuta!
É o ponto de partida para todo dar certo.
Tenha em conta: De que vale estimular a desintoxicação, se os órgãos
encarregados de tais funções não podem funcionar sem água. Não tomar água será
a melhor forma de trocar as toxinas de lugar (sem ser eliminadas), sem melhoras
ou pior, ganhando novos sintomas e jogando o dinheiro do tratamento fora!
Os tipos de água
Podemos encontrar facilmente 3
tipos de águas.
Agua Mineral Natural: é proveniente e retirada do subsolo a
grande profundidade, onde não existem elementos de poluição e possui na sua
composição química, minerais e
oligoelementos em quantidades específicas que permanecem imutáveis com o tempo.
O problema com estas águas é, por um lado, a quantidade de sódio que podem ter.
Não deve ser alto. Por outro lado, devemos vigiar o ph na fonte... Sempre debe
ser minimamente similar ao ph humano, que é de 7 ou 7,2. Às águas que possuem
un ph menos (mais ácidas) deveriam ser evitadas. Com o ph maior, pode matar a
sede sem inconvenientes.
Agua de Nascente: é também uma água proveniente do solo,
mas nele permanece pouco tempo, pelo que a sua composição apresenta variações
ao longo do ano, ainda que geralmente é apropriada para o consumo humano.
Agua da Torneira: provém do município e é uma água tratada
e desinfectada por meio de cloro e outros aditivos e depois filtrada.Geralmente
esta água não é boa para o cunsumo assim como ela entra na casa. Dependendo das
fontes, as quantidades de quimicos adicionados é grande de mais e pode provocar
malestares e até intoxicações em organismos debilitados. Recomenda-se
minimamente pasar por filtros de carbono para retirar os excesos de cloro e de
outras substancias.
E a Água com gás... Pode?
Ela contém dióxido de carbono para ficar borbulhante. Existem
águas gaseificadas naturais que já vêm nesse estado da própria fonte, mas são
difíceis de achar.
Existe uma velha controvérsia
sobre as bondades e/ou perigos de beber água com gás. Mas, todas as informações
ás quais chegamos até agora dizem que a água com gás possui todas as boas
propriedades da água sem gás.
Poderíamos dizer que a única
restrição no consumo da água com gás é para aquelas pessoas que tenham
problemas digestivos importantes, severos, pois pode aumentar a irritabilidade,
provocar náuseas, enjoos e até sangramentos. Mas, isto é a partir de um consumo
excessivo.
Por outra parte, a água com gás,
pode ser interessante em outros aspectos, já que é usado para melhorar o
“sentido do gosto” na gastronomia, pela efetividade na limpeza das papilas
gustativas da língua, assim como para obter uma maior sensação de saciedade na
hora da dieta.
Outro dado importante
Não confie sempre na sede.
Como já comentamos, se toma água
quando sente sede... já é tarde de mais!
Não tendo problemas de saúde e
bebendo normalmente boas quantidades de água, confiar na sede pode dar certo.
Mas ter saúde é um assunto muito dinâmico. Nem sempre teremos saúde ainda tendo
certeza disso. Por isso não arrisque.
Um dos problemas da sede e que ao
envelhecer sentimos menos necessidade de água. Perde-se a sede e aí, sem o
aviso cerebral da necessidade de água, ficaremos semas quantidades mínimas
necessárias ingressando numa área perigosamente patológica.
Outra situação muito comum é que
em exercícios perdemos rapidamente muito líquido y nem sempre a sede chega a
tempo para nos ajudar a lembrar da necessidade de nos hidratar.
Os diabéticos também sentem uma
sede maior... Assim que é bom ficar de olho nos exames de saúde.
Embora seja incomum, é possível
beber água demais.
Beber água em grandes quantidades
pode diminuir a habilidade de seus rins de se livrar da água. Isso leva a
hiponatremia, uma condição em que o excesso de água dilui o sódio do sangue.
Pessoas mais velhas, que têm certas doenças como falência congestiva do coração
e cirrose, ou que estão tomando certos diuréticos tem maior risco de
hiponatremia.
Mas, não deixe de ter em conta o
leitor, que o problema neste caso seria beber muita água y em curto espaço de
tempo. Beber no dia inteiro, de 2 a 5, 6 litros, dependendo de todas as
condições descritas neste artigo, é muito bom!
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